segunda-feira, 21 de junho de 2010

HIPERTIREOIDISMO OU TIREOTOXICOSE - RESUMO CLÍNICO E TERAPÊUTICO.

Tireotoxicose é o termo amplamente difundido na linguagem médica para apontar um distúrbio endócrino de hipertireoidismo. Este distúrbio é classicamente determinado pelos altos níves dos hormônios tireoideanos séricos. A tireotoxicose  não se resume simplesmente no aumento destes hormônios, mas também reúne fatores dependentes da hiperfunção da glândula tireóide, como por exemplo a tireoidite iatrogênica, isto é, oriunda de consequências de práticas médicas anteriores. Dentre as causas de hipertireoidismo, estão entre as causas mais frequentes e comuns, a doença de Basedow-Graves. Caracteriza-se por tireotoxicose, bócio uni ou multinodular, oftalmopatia. Sua etiopatogenia está ligada à doença auto imune. Este agravante deriva hiperestimulação da tireóide por meio de uma imunoglobulina que  se liga ao receptor do hormônio tireotrófico (TSH). Entre as demais causas de hipertireoidismo estão  a tireoidite subaguda, tireotoxicose medicamentosa, tireoidite linfocítica, tumores trofoblásticos, metástases de carcinoma folicular da tireóide, tireotoxicose induzida por iodo e o hipertireoidismo hipofisário ou hipotalâmico. Nervosismo, instabilidade emocional, fadiga, sudorese excessiva, tremores, taquicardia, emagrecimento, bócio e algumas queixas de sintomas oculares são sintomas e sinais pertinentes à tireotoxicose. É comum o paciente apresentar-se agitado, com pele quente e mãos trêmulas durante o exame clínico na consulta médica. Clinicamente as informações sintomáticas e alguns sinais são abstraídos, levando o médico a forte suspeita da doença, mas o diagnóstico definitivo e confirmatório é feito por meio das dosagens de TSH, que nos casos de hipertireoidismo fica indetectável, e do T4 livre que se apresenta aumentado. Ainda assim, caso o T4 livre não seja confirmatório, poderá ser feita solicitação da dosagem de T3 total e/ou T3 livre que certamente estará com seus níveis elevados em praticamente todos os casos de hipertireoidismo. O tratamento é feito com metimazol e propiltiouracil. São drogas que inibem a oxidação do iodo captado pela tireoide e impedem a síntese dos hormônios T3 e T4. Devido à permanência temporal maior na tireoide, isto claro, implica na ação prolongada da droga, o metimazol é a droga de primeira escolha. Em duas semanas a melhora clínica é evidente e aproximadamente em oito semanas pode-se ser constatado o eutireoidismo.